Terremoto de 8,9 graus de magnitude - o 7° maior da história mundial - provoca destruição em dezenas de cidades e vilarejos
Um forte terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu nesta sexta-feira a costa nordeste do Japão, provocando um tsunami em cidades na região norte do país. O tremor seguido de tsunami deixou ao menos 32 mortos, segundo autoridades.De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), trata-se do maior terremoto já registrado no Japão e o 7° maior terremoto da história mundial. O terremoto ocorreu por às 14h46 do horário local (2h46 de Brasília) e teve epicentro no Oceano Pacífico, a 160 quilômetros da costa. Na quarta-feira, um tremor de 7,3 foi registrado na mesma área.
Já foram registrados mais de 30 tremores secundários no país, a maioria de 6 graus de magnitude, e um alerta de tsunami está vigente para todo o Oceano Pacífico, incluindo Chile, Canadá, Alasca, Indonésia, Rússia, Nova Zelândia, Filipinas e toda a costa oeste dos Estados Unidos.
Dezenas de cidades e vilarejos foram afetadas pelos tremores, e no norte do país ondas gigantes levaram barcos, casas, carros e pessoas, além de provocar incêndios.
Em Tóquio, os trens e o metrô pararam de circular, milhares de pessoas evacuaram os prédios no centro da cidade e os telefones celulares pararam de funcionar. Pelo menos quatro mil edifícios estão sem energia.
Em Sendai, a água inundou o aeroporto e as pistas ficaram cheias de carros, caminhões, ônibus e lama. Na cidade de Chiba, um incêndio de grande proporções que ainda não foi controlado atingiu uma refinaria de petróleo.
Incêndios também estão acontecendo em uma usina nuclear em Miyagi, no nordeste do Japão. Segundo a empresa Tohoku Eletric Power, responsável pela usina, o fogo atinge um prédio separado do reator e não houve nenhum tipo de vazamento de material radioativo.
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Osamu Akiya, 46 anos, trabalhava em seu escritório em Tóquio no momento do terremoto, que provocou a queda de estantes e computadores, além de rachaduras nas paredes.
"Já passei por muitos terremotos, mas nunca senti nada igual a isso", afirmou, em entrevista à agência Associated Press. "Não sei se vou conseguir voltar para casa hoje."
Hiroshi Sato, uma autoridade da prefeitura de Iwate, no norte do país, disse que ainda é difícil ter um retrato completo da destruição. "Nós não sabemos o tamanho do prejuízo. As estradas foram muito prejudicadas e até interrompidas por causa do tsunami", explicou.
Em pronunciamento oficial, o primeiro-ministro Naoto Kan afirmou que os estragos são grandes, mas que as usinas nucleares situadas no norte japonês não foram danificadas. O porta-voz do governo, Yukio Edano, pediu à população para que fique em terrenos altos e evite sair de casa.
Até agora, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.
Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico".
O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.
Com AP, EFE e BBC
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