sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nova réplica de terremoto sacode o Chile; tremor teve magnitude de 6,2

País já viveu outros dois abalos nesta semana. Na terça, seis morreram.
Desta vez, réplica não teve intensidade para gerar alerta de tsunami.

Da agência EFE
Um tremor de magnitude 6,2 na escala Richter atingiu nesta quinta-feira (3) pela noite o norte do Chile, a mesma região onde ocorreu o terremoto de 8,2 da última terça-feira (1), mas as autoridades informaram que esta nova réplica não reúne condições de provocar um tsunami. Segundo o Serviço Sismológico da Universidade de Chile, o abalo sísmico foi registrado às 22h37 desta quinta-feira (mesma hora de Brasília) e seu epicentro foi localizado a 63 quilômetros ao sudoeste de Iquique e a 31,8 quilômetros de profundidade.
O Departamento Nacional de Emergências (Onemi, sigla em espanhol), vinculado ao Ministério do Interior chileno, informou que o tremor foi sentido com intensidade de quatro graus na escala de Mercalli, que vai de um a 12, na cidade de Quillagua, na região de Antofagasta.
Em Iquique e Alto Hospicio, na região de Tarapacá, os locais mais atingidos pelo terremoto de terça-feira, o tremor também teve intensidade de quatro graus na escala de Mercalli.
E em Arica e Cuya, no extremo norte do Chile, a réplica foi de cinco graus de intensidade, segundo o relatório da Onemi.
O órgão ressaltou que não há informações sobre danos pessoais ou na infraestrutura do local, nem alteração dos serviços básicos, como consequência do tremor.
Além disso, o Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOA, sigla em espanhol) informou que o abalo sísmico não teve as condições para poder gerar um tsunami no litoral chileno.
Desde o terremoto de magnitude 8,2 na escala Richter da última terça-feira, mais de 265 réplicas sacudiram a zona norte do Chile, das quais cerca de 30 foram sentidas pela população.
Nas regiões de Arica e Parinacota e Tarapacá ainda há milhares de pessoas sem eletricidade e água potável em suas casas e muitos imóveis sofreram diversos tipos de danos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Chile registra tsunami após terremoto que matou cinco pessoas

Maré aumentou até 1,8 metro, segundo Marinha chilena.
Terremoto de magnitude 8,2 deixou 5 mortos.

Do G1, em São Paulo


 
O forte terremoto que atingiu parte do Chile nesta terça-feira (1) e deixou cinco pessoas mortas, provocou tsunami na região norte do país. A Marinha chilena, que emitiu um alerta de tsunami imediatamente após o sismo, disse que as ondas chegaram às costas do país e que a maré aumentou em um intervalo de 1,58 a 1,8 metro, segundo o seu monitoramento.
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vale este - mapa terremoto chile 1/4 (Foto: Arte/G1)
Ao menos cinco pessoas morrerem e três ficaram feridas gravemente, informou o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo. As vítimas fatais correspondem a quatro homens e uma mulher. As causas das mortes seriam ataques cardíacos e esmagamento.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o epicentro do terremoto de magnitude 8,2 está localizado 86 km a noroeste da cidade de Iquique, na fronteira com o Peru, a uma profundidade de 20 km. Anteriormente, o terremoto havia sido classificado como sendo de magnitude 8,0.
O tremor e o tsunami forçaram autoridades a esvaziar partes de algumas cidades e a emitir alertas para toda a costa do Pacífico Sul e da América Central. A operação envolveu a retirada de 900 mil pessoas, segundo Ricardo Toro, diretor do Escritório  Nacional de Emergências (Onemi). Os alarmes soaram no Equador e no vizinho Peru, onde o terremoto foi sentido com força e as principais cidades do sul foram isoladas.
Idosa é levada para um abrigo após um alarme de tsunami na cidade de Antofagasta, ao norte de Santiago (Foto: Reuters)Idosa é levada para um abrigo após um alarme de
tsunami na cidade de Antofagasta, ao norte de
Santiago (Foto: Reuters)
Moradores no último andar de um prédio na cidade de Iquique. (Foto: Cristian Vivero / Reuters)Moradores no último andar de um prédio na cidade
de Iquique. (Foto: Cristian Vivero / Reuters)
A mídia local relatou falta de energia e congestionamentos em algumas estradas à medida que as pessoas tentavam fugir para zonas mais seguras, em meio à chegada das primeiras ondas a Iquique, uma cidade portuária importante para a exportação de cobre.

O Centro Nacional de Sismologia da Universidade do Chile, informou que o forte terremoto foi sentido às 20h47 locais (mesmo horário em Brasília) e que seu epicentro foi registrado a 85 km a sudoeste de Cuya e a 99 km da costa da cidade de Iquique, na província de mesmo nome.

O prefeito de Arica, a 1.660 km de Santiago, Salvador Urrutia, disse que a cidade registrou feridos após o forte tremor, destruir algumas casas e causou danos em alguns prédios.

O terremoto também provocou deslizamentos de terra e bloqueios parciais de estradas, de acordo com o Escritório Nacional de Emergência (Onemi).
Moradores se refugiam em estádio de Iquique. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)Moradores se refugiam em estádio de Iquique
(Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico disse que as costas do Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua também estavam em risco.

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, declarou área de desastre nas regiões de Arica e Tarapacá, duas das mais afetadas pelo terremoto. A presidente viajará nesta quarta-feira (2) para as áreas afetadas.

O tremor ocorreu perto de uma área onde estão concentradas algumas das maiores mineradoras de cobre do mundo. No entanto, a estatal Codelco, maior produtora mundial de cobre, informou que o epicentro do terremoto estava longe de suas operações. A gigante internacional BHP Billiton opera a mina de cobre Cerro Colorado na região.


Presidente Michelle Bachelet fala sobre o terremoto; veja ao lado
"A mina (Cerro Colorado) está em uma área elevada, longe do epicentro, não deveria ter nenhum impacto nas operações", disse um porta-voz da BHP Billiton no Chile à agência de notícias Reuters.
A mineradora Southern Copper tampouco sofreu danos em suas reservas.
Uma série de terremotos de média intensidade tem abalado a mesma área há várias semanas, alarmando a população. O poderoso tremor ocorreu quatro anos após o devastador sismo de magnitude 8,8 e o tsunami no centro e sul do país que deixaram 525 mortos em 2010.
Moradores de Antofagasta se reúnem na rua depois de alerta de tsunami. (Foto: Francesco Degasperi / AFP Photo)Moradores de Antofagasta se reúnem na rua depois de alerta de tsunami (Foto: Francesco Degasperi / AFP Photo)
Bombeiros tentam extinguir incêndio em um restaurante em Iquique após terremoto sacudir o Chile. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)Bombeiros tentam extinguir incêndio em um restaurante em Iquique após terremoto sacudir o Chile. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
 



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terça-feira, 1 de abril de 2014

Forte terremoto no Chile deixa mortos

Duas pessoas morreram em Iquique, afirmou o governador Gonzalo Prieto.
Tremor de magnitude 8,2 ainda deixou 3 feridos graves na mesma região.

Da EFE
 
Pessoas buscam refúgio em estádio após um terremoto de magnitude 8 e um alerta de tsunami  no Chile. (Foto: Aldo Solimano/AFP)Pessoas buscam refúgio em estádio após forte terremoto atingir o país, seguido de alerta de tsunami (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
O forte terremoto de magnitude 8,2 que sacudiu o norte do Chile na noite desta terça-feira (1°) deixou ao menos dois mortos e três feridos graves. As vítimas foram confirmadas em Iquique pelo governador Gonzalo Prieto, em entrevista a uma rádio local.
O número de vítimas, no entanto, ainda é incerto e pode aumentar. O prefeito de Alto Hospicio, Ramón Galleguillos, por exemplo, informou que outras duas pessoas morreram após o tremor, ambas de ataques cardíacos.
O governo do Chile informou ainda que, após o tremor, alerta de tsunami afeta toda a costa chilena - de 4 mil quilômetros de extensão. "Todos os comitês de emergência estão em operação, e a evacuação em toda a costa litorânea é preventiva. Mas ninguém pode retornar a seus lares até que não receba uma ordem da autoridade", disse o subsecretário do Interior, Mahmoud Aleuy.
O alerta de tsunami foi extendido por pelo menos 6 horas após o sismo.
A Marinha do Chile afirmou que um tsunami já atingiu algumas áreas no norte do país. O Sistema Nacional de Alarme de Maremotos (SNAM) disse que a alteração gerada pelo tremor já teria começado a chegar à região de Pisagua, também no norte chileno, onde há ondas de 1,5 metro.
O alerta diz que além do Chile, as regiões costeiras do Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua estariam em risco. Um tsunami de até 1,92 m poderia atingir a cidade de Pisagua, no Chile, em até 44 minutos após o terremoto.
Apesar do frio, moradoresde Iquique  passam noite em gramado de estádio. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)Apesar do frio, moradoresde Iquique passam noite em gramado de estádio. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
Em entrevista no Escritório Nacional de Emergência (Onemi), em Santiago, Aleuy afirmou que foi registrado um deslizamento de terra no Morro de Arica, no extremo norte do Chile, que há estradas e ruas bloqueadas na cidade de Colchane e que até agora não há relatos de danos em residências.
A respeito do alerta de tsunami, Aleuy disse que as maiores ondas foram registradas na cidade de Iquique, a 1.857 km ao norte de Santiago, onde alcançaram 2,5 metros de altura.
Ainda de acordo com ele, a torre de controle do aeroporto internacional de Iquique está fora de serviço, e a cidade está às escuras, sem energia elétrica.
Homens do Exército e da polícia estão nas ruas de Iquique, para evitar saques.
Moradores se reúnem na rua em frente ao Hospital d'El Salvador, no Chile, após um forte terremoto atingir a costa do país e autoridades emitirem alerta de tsunami.. (Foto: Francesco Degasperi/AFP)Pessoas se reúnem na rua em frente ao Hospital d'El Salvador, no Chile, após forte terremoto atingir a costa do país e autoridades emitirem alerta de tsunami. (Foto: Francesco Degasperi / AFP Photo)
Redes de TV locais informaram que os navios da Marinha estão deixando o porto de Valparaíso rumo a mar aberto para evitar um eventual tsunami. O mesmo fazem navios no porto de San Antonio, situado a 102 km a sudoeste de Santiago.
Além disso, vários voos com destino ao norte do país foram cancelados, afirmaram as autoridades aeroportuárias chilenas.
Bombeiros tentam extinguir incêndio em restaurante à beira mar após um terremoto de gnitude 8 atingir a costa do Chile. (Foto: Aldo Solimano/AFP)Bombeiros tentam extinguir incêndio em restaurante à beira mar após forte tremor afetar a região. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
O Centro Nacional de Sismologia da Universidade do Chile, informou que o forte terremoto foi sentido às 20h47 locais (mesmo horário em Brasília), a uma profundidade de 10 km, e que seu epicentro foi registrado a 85 km a sudoeste de Cuya e a 99 km da costa da cidade de Iquique, na província de mesmo nome.
Após o terremoto, houve mais de dez réplicas, muitas de magnitude entre 4 e 5 graus, que provocaram o corte total da energia elétrica nas cidade do norte chileno. O fornecimento de água potável também foi suspenso.
O prefeito de Arica, a 1.660 km de Santiago, Salvador Urrutia, disse que a cidade registrou feridos após o forte tremor destruir algumas casas e causar danos em alguns prédios. “Há feridos leves que foram ao hospital e também estão sendo atendidos em abrigos”, afirmou. “Não registramos mortos”, acrescentou.
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Mapa terremoto chile 1/4 (Foto: Arte/G1) Arte / G1
De acordo com o site do jornal “El Mercurio”, do Chile, nas regiões das cidades de Arica, Parinacota e Tarapacá, a população ficou com medo e foram registrados congestionamentos de carros que buscavam áreas mais seguras.
O governo chileno pediu uma retirada preventiva da região da costa norte, segundo informou o centro nacional de emergência em seu site.
Em 2010, um tremor de magnitude 8,8 gerou um tsunami que causou grandes danos nas regiões centro-sul do país e matou centenas de pessoas.

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segunda-feira, 31 de março de 2014


ONU alerta para mais secas, inundações e incêndios florestais na Europa 
  • 31/03/2014 07h55publicação
  • Brasílialocalização
*Da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto 
         
O Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou hoje (31) para maior risco de secas, inundações e incêndios florestais na Europa devido aos efeitos das mudanças climáticas tanto a curto quanto a médio prazo.
A conclusão consta do relatório apresentado em Yokohama (Japão), elaborado por cerca de 500 cientistas e representantes políticos, em que é analisado o conhecimento atual das mudanças climáticas e o seu impacto no homem e na natureza em diferentes pontos do mundo.
Trata-se de "um dos mais completos relatórios científicos da história", disse o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, em entrevista durante a apresentação do documento.
"Não há nenhuma dúvida de que o clima está mudando", acrescentou, e que "95% dessas mudanças devem-se à ação humana".
O relatório apresentado pelo IPCC - criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e pela OMM - analisa os efeitos das alterações climáticas atualmente, a médio (entre 2030 e 2040) e a longo prazo (2080-2100), tendo em conta um aquecimento global entre 2 e 4 graus centígrados, baseado em projeções atuais.
No caso da Europa, as mudanças climáticas vão provocar um aumento das restrições de água devido à "significativa redução da extração dos rios e aquíferos subterrâneos" combinada com o aumento da procura para irrigação, energia, indústria e uso doméstico, diz o documento citado pelas agências internacionais.
O processo será intensificado em determinadas áreas do continente, devido à maior perda de água por meio do seu processo natural de evaporação, particularmente no Sul da Europa", acrescenta o relatório.
Outro risco para a Europa refere-se ao aumento do calor, que pode ter impacto negativo na saúde e no bem-estar da população, na produtividade, na produção agrícola e na qualidade do ar, bem como ao risco de incêndios florestais "no Sul do continente e no Extremo Norte da Rússia".
No relatório, o IPCC alerta, além disso, para a maior probabilidade de inundações nas zonas costeiras devido à crescente urbanização, ao aumento do nível do mar e à erosão da costa.
A fim de atenuar esses riscos, o IPCC apela aos líderes políticos para que tomem medidas a fim de reforçar os sistemas de vigilância, advertindo para "eventos climáticos extremos", melhorem a gestão de recursos hídricos e as políticas para promover a poupança de água ou para combater os incêndios florestais.
"Reduzir esses riscos dependerá da nossa capacidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e de os adaptar às nossas sociedades", destacou Chris Field, vice-presidente do grupo de trabalho da ONU.
O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, destacou, em particular, a necessidade de redução das emissões de gases de efeito estufa, um fator "do qual dependerá aquilo que ocorrer em muitas partes do mundo nos próximos anos".

*Com informações da Agência Lusa