terça-feira, 1 de abril de 2014

Forte terremoto no Chile deixa mortos

Duas pessoas morreram em Iquique, afirmou o governador Gonzalo Prieto.
Tremor de magnitude 8,2 ainda deixou 3 feridos graves na mesma região.

Da EFE
 
Pessoas buscam refúgio em estádio após um terremoto de magnitude 8 e um alerta de tsunami  no Chile. (Foto: Aldo Solimano/AFP)Pessoas buscam refúgio em estádio após forte terremoto atingir o país, seguido de alerta de tsunami (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
O forte terremoto de magnitude 8,2 que sacudiu o norte do Chile na noite desta terça-feira (1°) deixou ao menos dois mortos e três feridos graves. As vítimas foram confirmadas em Iquique pelo governador Gonzalo Prieto, em entrevista a uma rádio local.
O número de vítimas, no entanto, ainda é incerto e pode aumentar. O prefeito de Alto Hospicio, Ramón Galleguillos, por exemplo, informou que outras duas pessoas morreram após o tremor, ambas de ataques cardíacos.
O governo do Chile informou ainda que, após o tremor, alerta de tsunami afeta toda a costa chilena - de 4 mil quilômetros de extensão. "Todos os comitês de emergência estão em operação, e a evacuação em toda a costa litorânea é preventiva. Mas ninguém pode retornar a seus lares até que não receba uma ordem da autoridade", disse o subsecretário do Interior, Mahmoud Aleuy.
O alerta de tsunami foi extendido por pelo menos 6 horas após o sismo.
A Marinha do Chile afirmou que um tsunami já atingiu algumas áreas no norte do país. O Sistema Nacional de Alarme de Maremotos (SNAM) disse que a alteração gerada pelo tremor já teria começado a chegar à região de Pisagua, também no norte chileno, onde há ondas de 1,5 metro.
O alerta diz que além do Chile, as regiões costeiras do Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica e Nicarágua estariam em risco. Um tsunami de até 1,92 m poderia atingir a cidade de Pisagua, no Chile, em até 44 minutos após o terremoto.
Apesar do frio, moradoresde Iquique  passam noite em gramado de estádio. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)Apesar do frio, moradoresde Iquique passam noite em gramado de estádio. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
Em entrevista no Escritório Nacional de Emergência (Onemi), em Santiago, Aleuy afirmou que foi registrado um deslizamento de terra no Morro de Arica, no extremo norte do Chile, que há estradas e ruas bloqueadas na cidade de Colchane e que até agora não há relatos de danos em residências.
A respeito do alerta de tsunami, Aleuy disse que as maiores ondas foram registradas na cidade de Iquique, a 1.857 km ao norte de Santiago, onde alcançaram 2,5 metros de altura.
Ainda de acordo com ele, a torre de controle do aeroporto internacional de Iquique está fora de serviço, e a cidade está às escuras, sem energia elétrica.
Homens do Exército e da polícia estão nas ruas de Iquique, para evitar saques.
Moradores se reúnem na rua em frente ao Hospital d'El Salvador, no Chile, após um forte terremoto atingir a costa do país e autoridades emitirem alerta de tsunami.. (Foto: Francesco Degasperi/AFP)Pessoas se reúnem na rua em frente ao Hospital d'El Salvador, no Chile, após forte terremoto atingir a costa do país e autoridades emitirem alerta de tsunami. (Foto: Francesco Degasperi / AFP Photo)
Redes de TV locais informaram que os navios da Marinha estão deixando o porto de Valparaíso rumo a mar aberto para evitar um eventual tsunami. O mesmo fazem navios no porto de San Antonio, situado a 102 km a sudoeste de Santiago.
Além disso, vários voos com destino ao norte do país foram cancelados, afirmaram as autoridades aeroportuárias chilenas.
Bombeiros tentam extinguir incêndio em restaurante à beira mar após um terremoto de gnitude 8 atingir a costa do Chile. (Foto: Aldo Solimano/AFP)Bombeiros tentam extinguir incêndio em restaurante à beira mar após forte tremor afetar a região. (Foto: Aldo Solimano / AFP Photo)
O Centro Nacional de Sismologia da Universidade do Chile, informou que o forte terremoto foi sentido às 20h47 locais (mesmo horário em Brasília), a uma profundidade de 10 km, e que seu epicentro foi registrado a 85 km a sudoeste de Cuya e a 99 km da costa da cidade de Iquique, na província de mesmo nome.
Após o terremoto, houve mais de dez réplicas, muitas de magnitude entre 4 e 5 graus, que provocaram o corte total da energia elétrica nas cidade do norte chileno. O fornecimento de água potável também foi suspenso.
O prefeito de Arica, a 1.660 km de Santiago, Salvador Urrutia, disse que a cidade registrou feridos após o forte tremor destruir algumas casas e causar danos em alguns prédios. “Há feridos leves que foram ao hospital e também estão sendo atendidos em abrigos”, afirmou. “Não registramos mortos”, acrescentou.
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Mapa terremoto chile 1/4 (Foto: Arte/G1) Arte / G1
De acordo com o site do jornal “El Mercurio”, do Chile, nas regiões das cidades de Arica, Parinacota e Tarapacá, a população ficou com medo e foram registrados congestionamentos de carros que buscavam áreas mais seguras.
O governo chileno pediu uma retirada preventiva da região da costa norte, segundo informou o centro nacional de emergência em seu site.
Em 2010, um tremor de magnitude 8,8 gerou um tsunami que causou grandes danos nas regiões centro-sul do país e matou centenas de pessoas.

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segunda-feira, 31 de março de 2014


ONU alerta para mais secas, inundações e incêndios florestais na Europa 
  • 31/03/2014 07h55publicação
  • Brasílialocalização
*Da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto 
         
O Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (IPCC) alertou hoje (31) para maior risco de secas, inundações e incêndios florestais na Europa devido aos efeitos das mudanças climáticas tanto a curto quanto a médio prazo.
A conclusão consta do relatório apresentado em Yokohama (Japão), elaborado por cerca de 500 cientistas e representantes políticos, em que é analisado o conhecimento atual das mudanças climáticas e o seu impacto no homem e na natureza em diferentes pontos do mundo.
Trata-se de "um dos mais completos relatórios científicos da história", disse o secretário da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Michel Jarraud, em entrevista durante a apresentação do documento.
"Não há nenhuma dúvida de que o clima está mudando", acrescentou, e que "95% dessas mudanças devem-se à ação humana".
O relatório apresentado pelo IPCC - criado pelo Programa das Nações Unidas para o Ambiente e pela OMM - analisa os efeitos das alterações climáticas atualmente, a médio (entre 2030 e 2040) e a longo prazo (2080-2100), tendo em conta um aquecimento global entre 2 e 4 graus centígrados, baseado em projeções atuais.
No caso da Europa, as mudanças climáticas vão provocar um aumento das restrições de água devido à "significativa redução da extração dos rios e aquíferos subterrâneos" combinada com o aumento da procura para irrigação, energia, indústria e uso doméstico, diz o documento citado pelas agências internacionais.
O processo será intensificado em determinadas áreas do continente, devido à maior perda de água por meio do seu processo natural de evaporação, particularmente no Sul da Europa", acrescenta o relatório.
Outro risco para a Europa refere-se ao aumento do calor, que pode ter impacto negativo na saúde e no bem-estar da população, na produtividade, na produção agrícola e na qualidade do ar, bem como ao risco de incêndios florestais "no Sul do continente e no Extremo Norte da Rússia".
No relatório, o IPCC alerta, além disso, para a maior probabilidade de inundações nas zonas costeiras devido à crescente urbanização, ao aumento do nível do mar e à erosão da costa.
A fim de atenuar esses riscos, o IPCC apela aos líderes políticos para que tomem medidas a fim de reforçar os sistemas de vigilância, advertindo para "eventos climáticos extremos", melhorem a gestão de recursos hídricos e as políticas para promover a poupança de água ou para combater os incêndios florestais.
"Reduzir esses riscos dependerá da nossa capacidade de mitigar os efeitos das mudanças climáticas e de os adaptar às nossas sociedades", destacou Chris Field, vice-presidente do grupo de trabalho da ONU.
O presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, destacou, em particular, a necessidade de redução das emissões de gases de efeito estufa, um fator "do qual dependerá aquilo que ocorrer em muitas partes do mundo nos próximos anos".

*Com informações da Agência Lusa

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